Pangeia era uma enorme massa de terra continental banhada por um único oceano que começou a se fragmentar há 230 milhões de anos e deu origem aos atuais continentes.
Nesta matéria você irá conhecer a famosa teoria sobre o supercontinente que foi inicialmente estudado por Alfred Wegener, ( geólogo, geofísico e meteorologista alemão).
“Pangeia é o nome dado ao supercontinente que compunha a superfície terrestre dos períodos Permiano ao Triássico. Essa massa única era banhada também por um único oceano, chamado de Pantalassa. A separação da Pangeia, que deu origem à configuração dos continentes como hoje conhecemos, teve início há 230 milhões de anos.”
“O primeiro a sistematizar a hipótese da existência desse supercontinente foi Alfred Wegener, na teoria da deriva continental, no início do século XX. A explicação sobre o mecanismo que ocasionou a movimentação das massas continentais surgiu somente na década de 1960 e é conhecida como teoria das placas tectônicas.”
- “Resumo sobre Pangeia
A Pangeia é o supercontinente que compunha a superfície terrestre no período Permiano, há aproximadamente 300 milhões de anos. - Essa gigantesca massa de terra começou a se fragmentar na era Mesozoica, no período Triássico, há 230 milhões de anos.
- Era banhada por um único oceano, chamado Pantalassa.
A sua existência e posterior fragmentação é explicada por duas teorias principais: a teoria da deriva continental e a teoria das placas tectônicas.”
Pangeia é o nome utilizado para designar a gigantesca massa de terra que compunha um único continente, referido também como supercontinente, e que formava a superfície do planeta no passado geológico, mais precisamente entre a segunda metade da era Paleozoica, a partir do período Permiano (há aproximadamente 300 milhões de anos), e o início da era Mesozoica (há 230 milhões de anos).
A palavra pangeia é bem representativa da estrutura do supercontinente, pois ela é derivada de dois termos em grego antigo que, juntos, significam “todas as terras” ou “toda a Terra” (pan = todo; gea = terra).
Características da Pangeia
A Pangeia era uma enorme massa de terras emersas que continha todos os continentes hoje conhecidos unidos em um só bloco, correspondendo a aproximadamente um terço da área da superfície terrestre. Acredita-se que a Pangeia não foi o primeiro supercontinente formado na história geológica do planeta Terra, embora seja aquele do qual há evidências observadas em padrões físicos (forma dos continentes), geológicos (distribuição de rochas e sua composição) e nos fósseis (tanto da vida animal quanto vegetal).
Da mesma forma como a Pangeia representava um único continente, ela era banhada por um extenso oceano que recebeu o nome de Pantalassa. Esse oceano possuía somente um mar, denominado mar de Tethys, e que banhava o leste do supercontinente.”
“Dividindo-se a Pangeira em hemisférios Norte e Sul, temos que, ao norte, ficavam a atual América do Norte e a Eurásia, que compreende a Europa e parte da Ásia. No hemisfério meridional, encontravam-se as terras equivalentes à América do Sul, África, Antártica, Índia e Austrália.
A fragmentação da Pangeia teve início no período Triássico, há, aproximadamente, 230 milhões de anos, e deu origem a outros dois grandes continentes: Laurásia, no Hemisfério Norte, e Gondwana, no Hemisfério Sul. As correntes de convecção e movimentação das placas tectônicas, como hoje é sabido, deram continuidade ao processo de separação dos continentes até a atual configuração.”
“Surgimento da Pangeia
A formação dos continentes e o surgimento da Pangeia são um assunto bastante discutido no escopo das ciências da Terra e que suscita questionamentos até o presente. As pesquisas a respeito dessa temática indicam que o supercontinente foi formado na segunda metade da era Paleozoica, entre os períodos do Carbonífero e do Permiano, o que teve início entre 280 e 230 milhões de anos antes do presente.
As evidências da existência da Pangeia, sua correlação com os atuais continentes e o mecanismo atrás do processo de formação e fragmentação desses grandes blocos de terra emersa são explicados por duas teorias principais e que se complementam: a teoria da deriva continental e a teoria das placas tectônicas.”
“A teoria que aponta para a existência de um supercontinente que se fragmentou e deu origem à atual configuração da superfície recebeu o nome de deriva continental.”
“A primeira teoria sistematizada a respeito da origem dos continentes e da composição da crosta terrestre foi a teoria da deriva continental. Antes dela, é claro, outros pensadores e cientistas aventaram a ideia de que os blocos continentais outrora formavam uma única massa, e isso era teorizado com base na geometria de cada um deles.
Foi Alfred Wegener, no entanto, que publicou, no ano de 1915, um livro que apresentava todas as suas observações a respeito da existência do que ele chamou de Pangeia, um continente único que teria existido há mais de 230 milhões de anos e cuja fragmentação deu origem à atual configuração do mundo. Sua teoria se baseou na observação do formato da América do Sul e da África, cujas linhas costeiras formavam um encaixe perfeito, sugerindo que estiveram juntas em algum momento do passado geológico.
A teoria de Wegener era ainda mais abrangente no sentido de ter apontado evidências geomorfológicas e paleoclimáticas que indicavam a continuidade de paisagens observadas na América do Sul, Antártida, África, Índia e Austrália. Não bastasse isso, o pesquisador encontrou também fósseis de répteis e espécies de plantas iguais nesses territórios.
O que Wegener não conseguiu explicar com maior precisão, no entanto, era o mecanismo que fez os continentes se movimentarem e se fragmentarem eventualmente. Ele faleceu no ano de 1930, sem conseguir provar a sua teoria.”
“A teoria da deriva continental foi retomada em meados do século XX, e, mediante o aperfeiçoamento dos instrumentos de pesquisa, o que permitiu a datação de rochas e a análise e coleta em águas profundas, e o próprio avanço teórico realizado, foi possível compreender melhor a estrutura do planeta e o que condicionou o movimento de separação dos continentes.
Com base no estudo do assoalho oceânico entre as décadas de 1950 e 1960, surgiu a teoria das placas tectônicas ou tectônica global. Ela foi levantada das observações de Harry Hess realizadas em 1962 sobre a expansão do assoalho oceânico e a existência de correntes de convecção no manto terrestre, no interior do planeta, que permitiram com que as massas de terras emersas, presas então a uma placa na crosta, se movessem.
Essa teoria, então, substituiu a da deriva continental e conseguiu explicar de que maneira se deu a fragmentação da Pangeia e a formação da atual configuração da superfície terrestre.”